EXAME FÍSICO
v EXAME GERAL:
Observe as condições gerais de saúde do paciente, sua altura, biotipo e
desenvolvimento sexual. Verifique o peso do paciente. Observe postura,
atividade motora e marcha; vestuário, cuidados pessoais e higiene pessoal; e
presença de quaisquer odores corporais ou hálitos. Observe as expressões
faciais do paciente e registre sua postura, seu afeto e as reações a pessoas e
objetos no ambiente. Perceba a forma como o paciente fala e anote seu grau de
vigilância ou nível de consciência.
v EXAME FÍSICO – DIABETES:
ü Aparência
pessoal;
ü Altura,
peso corporal, cintura e IMC;
ü Pressão
arterial sentado e deitado;
ü Freqüência
cardíaca e respiratória;
ü Pulso
radial e carotídeo;
ü Alterações
de visão;
ü Pele
(integridade, turgor, coloração e manchas);
ü Cavidade
oral (dentes, prótese, queixas, dores, desconfortos, data do último exame
odontológico);
ü Tórax
(ausculta cardiopulmonar) e abdômen;
ü MMSS
e MMII (unhas, dor, edema, pulsos pediosos e lesões);
o
Articulações (capacidade de flexão, extensão,
limitações de mobilidade, edemas);
o
Pés (bolhas, sensibilidade, ferimentos,
calosidades e corte da unhas). Avaliar o grau de risco dos pés de diabéticos
(teste do monofilamento), registrando em ficha própria que deverá ser anexada
ao prontuário.
v EXAME FÍSICO – HIPERTIREOIDISMO
O exame sistemático da glândula tireóide deve
fazer parte do exame físico por duas razões principais:
1) A
palpação é a única maneira para a detecção de certas doenças de tireóide e para
o início da investigação etiológica.
2) A
determinação do tamanho, consistência, presença de nodulações ou dor na
glândula freqüentemente é necessária para uma adequada interpretação da
história, de outros achados do exame físico geral, assim como dos resultados
laboratoriais.
v INSPEÇÃO
Normalmente
a tireóide não é visível, exceto em pacientes muito emagrecidos. O paciente
deverá estar sentado e a glândula é mais facilmente visualizada quando se
estende a cabeça do paciente para trás e com a deglutição [...].
Nos
aumentos difusos da glândula, as duas faces laterais e a anterior do pescoço
ficam uniformemente abauladas. É importante frisar que adiposidade
cervical
algumas vezes é confundida com bócio, devendo-se notar, porém, que ela não
se desloca à deglutição.
Deve-se observar, também, desvios da traquéia, uma
vez que o desvio lateral poderá sugerir lobo tireoidiano aumentado, bócio
subesternal ou outra anormalidade torácica.
v PALPAÇÃO
É
mais fácil aprender a palpar a tireóide quando se examina a glândula pela
frente, com o paciente sentado [...].
I)
Localizar a glândula
Para
localizá-la deveremos verificar a posição das cartilagens tireóidea e cricóide,
uma vez que o istmo da glândula tireóide se situa imediatamente abaixo da
cartilagem cricóide.
O
istmo da glândula poderá ser examinado colocando-se o polegar direito, horizontalmente,
abaixo da cartilagem cricóide. A palpação deverá permitir a percepção do istmo
quando o paciente deglutir, ele apresenta consistência borrachosa e mede cerca
de 0,5 cm de largura. O istmo com tamanho aumentado, firme ou com nódulos é uma
indicação de anormalidade ireoidiana.
v PALPAÇÃO DOS LOBOS
ü Método
I
O
examinador deve se posicionar à direita, à frente do paciente. Após a
localização do istmo da tireóide, posicionar os dedos polegar e indicador
direitos em cada um dos lado da traquéia, e solicitar ao paciente que degluta;
desta maneira, o examinador poderá sentir a glândula, bilateralmente, passando pelos
dedos.
O
tamanho, as características da superfície, a consistência e a presença de dor
durante o exame de cada lobo deverão ser avaliados.
ü Método
II
Colocando-se
à direita um pouco à frente do paciente, o dedo polegar E do examinador é
deslizado para palpar o lobo E da tireóide. Na palpação do lobo D, o polegar D
poderá ser utilizado.
ü Método
III
O
paciente deverá estar sentado e o examinador em pé atrás do paciente. O
paciente deverá fletir a cabeça para o lado a ser examinado para descontrair o
músculo e os dedos indicador e médio do observador penetram na face interna
daquele músculo e exploram o lobo da glândula, deslizando com os dedos desde a
cartilagem tireóidea até o 6º anel da traquéia. A manobra é repetida para o
outro lobo. A deglutição deverá ser solicitada pois a identificação da glândula
é facilitada com este procedimento.
v AUSCULTA
A
Ausculta da glândula tireóide deverá ser realizada em todos os pacientes com
tireotoxicose, pois o aumento do fluxo sangüíneo poderá determinar a ocorrência
de sopros sobre a glândula, algumas vezes acompanhados de frêmitos.
-
REFERÊNCIAS
BICKLEY, L. S.; SZILAGYI, P.; BATES, G. Propedêutica Médica Essencial, 6. ed.,
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
MACIEL, L. M. Z. O exame físico da tireóide. Medicina (Ribeirão Preto) 2007; 40 (1):
72-77.
RIO DE JANEIRO. Prefeitura do Rio de Janeiro.
Secretaria Municipal de Saúde e de Defesa Civil (Org.). Consulta de
Enfermagem no Programa de Hipertensão e Diabetes. Disponível em:
<http://www.rio.rj.gov.br/dlstatic/10112/123738/DLFE-1678.pdf/1.0>.
Acesso em: 28 mar. 2016.
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