Os
sinais vitais são medidas de suma importância para o exame físico e nos traz um
panorama geral das funções corporais que, quando alteradas, afetam sinais
vitais como a temperatura do corpo, pulsação, respiração e pressão arterial. Viana
e Petenusso (2007) explicam que fatores como temperatura do ambiente,
ansiedade, dor, choro, esforço físico, alterações hormonais e nutricionais
podem provocar variações nos sinais vitais e, por isso, são importantes.
Estes
sinais necessitam de uma atenção especial dos profissionais de saúde visto que
através deles pode ser direcionado o diagnóstico e as intervenções
terapêuticas. Padrões de normalidade são adotados para os sinais vitais e
determinados desvios para mais ou para menos destas medidas são entendidas como
anormalidades podendo nos indicar o acometimento de certas patologias. Abaixo
segue os valores de referência dos sinais vitais encontrados em Viana (2009):
A temperatura, segundo Viana
e Petenusso (2007), pode sofrer variações devido a alguns fatores, como a
idade, a realização de exercícios, situação hormonal, emocional e nutricional.
A temperatura pode ser observada em diferentes membros do corpo, como a
cavidade oral, a retal e a axilar, que possui variações de temperatura entre
si. O procedimento é realizado com o termômetro. Além do preposto, o autor traz
na referência as contraindicações para a realização da verificação da
temperatura em diferentes membros do corpo. Ele também explica que existe
alguns padrões de febre, tais como: contínua, intermitente, remitente,
recorrente. A primeira é quando a temperatura corporal tem um aumento
permanente, a segunda é quando a temperatura varia entre a normal (35,7 e
36,9º) e febril, a terceira é quando a temperatura oscila 2º sem retorno a
temperatura normal, já a última, é o aumento da temperatura com episódios de
normotermia.
Sobre a frequência
respiratória, o autor explica que o sistema respiratório é um conjunto de
estruturas responsáveis pela ventilação, condução, difusão e perfusão dos gases
no organismo. Além disso, ele lembra que é importante que o profissional
verifique: frequência, ritmo, profundidade e os sons emitidos durante o ciclo
ventilatório. Desse modo, é válido recordar que alguns fatores influenciam
nesse sistema como, por exemplo, a concentração de O2 e CO2, estresse, idade,
posicionamento, prática de exercícios, estimulação nervosa e consumo de drogas.
Portanto, dentro dos valores padrões, o autor lembra que em um adulto, a
frequência ventilatória varia entre 14 a 20 ciclos ventilatórios por minuto, e
ressalta que é conveniente que o profissional realize esse procedimento de
verificação sem que o paciente note ou perceba.
A frequência cardíaca
normal, no adulto, varia de 60 a 100 batimentos por minuto e é denominada
frequência normocárdica. Quando é verificada a diminuição dessa frequência
(menor de 60), ocorre a bradicardia. Quando ocorre o aumento (maior de 100),
ocorre a taquicardia. Ambas podem estar relacionadas a diversos fatores que
devem ser analisados. É importante lembrar que os batimentos cardíacos possuem
ritmo, então, os intervalos entre os batimentos devem ser regulares. Abaixo, a
imagem dos pontos de verificação de pulso trazidas na referência:
A pressão arterial (PA) é
verificada através da unidade-padrão o milímetro de mercúrio (mmHg). O autor
explica que a PA pode ser verificada através de métodos invasivos, cateteres ou
compressão das artérias radial ou poplítea, sendo usados manguitos adequados,
seus limites de normalidade estão entre 80 a 120 mmHg e pode ser obtida em
monitores de PA não-invasiva e/ou invasiva. Diversos fatores podem provocar
alterações da pressão sanguínea, como a hemorragia, dor aguda, ansiedade, medo,
consumo de drogas, entre outros. A alteração mais comum é a hipertensão, que é
a elevação da pressão sanguínea, que geralmente é assintomático e está acima de
130 para pressão sistólica e 85 diastólica em adultos, e em idosos o primeiro
acima de 160 e o último acima de 100.
O autor ainda traz alguns
fatores que são importantes serem considerados no momento da verificação dos
sinais vitais, entre eles: a dor, o peso, a estatura, o índice de massa
corpórea (IMC). Ele explica que a dor pode ser verificada em algumas escalas de
acordo com o paciente, sendo preferida a faces Wong-Baker para crianças e a
analógica para adolescentes e adultos. Sobre o peso, este é dividido em ideal,
máximo normal e normal, tendo suas diferenças de acordo com o sexo e o estado
de saúde do paciente que deve relatar se houve perda ou ganho de peso no
período da queixa atual, este procedimento é realizado com a ajuda de uma
balança. Quanto a estatura, esta é realizada com a fita métrica ou antropômetro
ou estadiômetro, e permite verificar o padrão de altura do paciente e é
classificada em centímetros ou metros. O IMC é determinado pela relação do peso
sobre a altura elevada ao quadrado e é dividida em: baixo peso, normal,
sobrepeso, obesidade e obesidade severa.
Portanto, a verificação dos
sinais vitais é essencial no primeiro momento de contato do profissional de
saúde com o paciente. Principalmente, no sentido de verificar a urgência e a
severidade ou normalidade de suas condições no momento da consulta.
VIANA, Dirce Laplaca; PETENUSSO, Marcio. Sinais Vitais. In: Manual para
realização do exame físico. ed. Yendis. p. 49-84. São Paulo, 2007.
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